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Julho das Pretas: grupos participam de ações em todo o país

Enquanto desenvolvem seus projetos pelo fim da violência contra as mulheres, os grupos apoiados pelo Fundo Fale Sem Medo reforçam a luta pelo fim do racismo e fortalecem ações do Julho das Pretas.
 
O Julho das Pretas é uma campanha que visa construir uma agenda comum do movimento de mulheres negras para julho, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Afro-Latino Americana e Afro-Caribenha, no dia 25 de julho. O 25 de julho é celebrado desde 1992 por deliberação do 1º Encontro de Mulheres Afrolatinoamericanas e Afrocaribenhas. No Brasil, em 2014, a data foi instituída por lei também como o Dia Nacional de Tereza de Benguela – primeira liderança feminina quilombola reconhecida pelo Estado brasileiro.
 
Confira algumas das ações previstas que contarão com participação dos grupos apoiados e outras dicas:
 
- O Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Pará realiza nos dias 25 e 26 de julho o Seminário Estadual de Troca de experiência entre as mulheres atingidas por barragens do Pará, em Altamira/PA. Será no Acampamento Igreja da Vinha (Estrada da Betânia). A programação inclui mesas de debate sobre "Violência contra as mulheres: origem e características na sociedade contemporânea" e "Estratégias para empoderamento das mulheres nas regiões atingidas por barragens". No dia 25 às 19h há ainda um ato cultural e uma roda de conversa pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
 
- O Fórum Cearense de Mulheres vai fortalecer as ações do Instituto Negra do Ceará – INEGRA: https://www.facebook.com/institutonegra/
 
- As mulheres do Coletivo Suraras do Tapajós vão participar da oficina de empreendedorismo negro da Feira Kitanda Preta, iniciativa do Coletivo Kitanda Preta que reúne empreendedoras negras de 6 a 8 de julho em Santarém, no Pará.
 
- A Associação Beneficente Cultural carnavalesca Amuleto promove o seminário “Por uma questão de gênero e raça”, que vai homenagear lideranças negras com o Prêmio Luiza Mahin. Será no dia 29 de julho na Casa do Benin, no Pelourinho, de 17h às 22h. Também na Casa do Benin tem Xirê das Pretas toda última terça do mês. 
 
- A Rede Feminista de Juristas #deFEMde promove a Semana Tereza de Benguela. São 3 eventos: a Jornada Fale Sem Medo, 10 horas de trasmissão ao vivo no Facebook debatendo as mulheres e a juventude negra (link do evento aqui), a Formação Feminismo Negro e crítica a branquitude: uma conversa sobre antirracismo (saiba mais) e a roda de conversa Nossas Vozes: Uma roda de conversa com mulheres imigrantes e refugiadas (confira aqui).
 
- A Themis já em agosto realiza um curso de atualização das PLPs já formadas com foco no feminicídio de mulheres negras, a ser realizado nos dias 2, 9 e 16 agosto, e promove nos dias 23 (no bairro Restinga) e 25 (no Eixo Baltazar) um grande seminário em prol da Lei Maria da Penha com foco nas mulheres negras.
 
- Maré de Direitos das Mulheres, da Casa das Mulheres da Maré, participa de uma roda de conversa sobre os 130 anos pós abolição e o projeto de Lei de Marielle Franco sobre a instituição do 25 de julho como dia de Tereza de Benguela. A roda de conversa faz parte da programação do Seminário Tereza de Benguela em Memória, em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latino Americana e Caribenha e ao mês da Visibilidade Lésbica. O seminário acontece em agosto, no Centro de Artes da Maré, em data a ser confirmada.
 
- No Rio de Janeiro acontece também o III Julho Negro, iniciativa da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, Mães de Maio, Fórum Social de Manguinhos, Mães de Manguinhos, Maré 0800, Coletivo Resistência CDD, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento Moleque, Mães Vítimas da Chacina da Baixada, entre outras organizações. Uma série de eventos de 23 a 27 de julhos vão  debater os impactos da militarização e os efeitos do racismo e do apartheid no sul global. Participarão ativistas de todo Brasil, Palestina, Chile, Colômbia, África do Sul, Argentina, Índia, dentre outros.
 
- Outra dica é o I Seminário Marielle Franco - Mulheres Negras: Representatividades e Resistências, que a ONG Luta Pela Paz promove na Maré pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, com oficinas e mesas promovidas e compostas exclusivamente por mulheres negras convidadas. Nos dias 24 e 25 de julho, na sede do Luta pela Paz, Rua Teixeira Ribeiro, 900 - Nova Holanda - Complexo da Maré.
 
- A dica para João Pessoa é o Ayeye Dudu - 20ª Edição do 25 de Julho na Paraíba, que o Movimento de Mulheres Negras na Paraíba promove com atividades como Feira Preta, aula pública de História, Cirandeiras de Caiana dos Crioulos, Lançamento do Encontro Nacional de Mulheres Negras + 30 anos e Conferência sobre Branquitude & Mulheres Negras com Cida Bento. No dia 25, de 16h às 22h, na Usina Cultural Energisa (João Pessoa/PB).
 
- O Odara - Instituto da Mulher Negra foi pioneiro na organização do Julho das Pretas,  que começou em 2013, em Salvador (veja aqui) e segue se expandindo por todo o país. Confira a agenda do Odara para o Julho das Pretas de 2018.
 
- A Articulação de Mulheres Brasileiras convida a marchar pelo fim do racismo e do genocídio de negras e negros no dia 29 de julho na Praia de Copacabana: confira o evento